As eleições de 2026 serão as primeiras no Brasil disputadas inteiramente sob a sombra de um novo protagonista: a inteligência artificial usada para fabricar mentira em escala industrial. O país entra numa zona de risco. E não se trata de exagero retórico. Trata-se de um diagnóstico objetivo: nunca foi tão fácil produzir fraude, manipular fatos, criar versões paralelas e atingir milhões de pessoas antes mesmo que a verdade tenha tempo de respirar.

Se nas últimas eleições a fake news já era um problema, agora ela se tornou uma ameaça sistêmica. Vídeos falsificados com perfeição, áudios simulados, falas jamais pronunciadas, imagens que nunca existiram. A tecnologia avançou e, com ela, a velocidade da enganação. A mentira ficou mais rápida, mais barata e mais convincente.

O Brasil não está preparado.

Alguns ainda tratam o tema como disputa de marketing, não como problema de Estado. E boa parte da sociedade continua acreditando que discernimento individual será suficiente para enfrentar um arsenal tecnológico que opera com precisão cirúrgica para confundir, desinformar e radicalizar.